coordenadora do núcleo de roedores do Centro de Controle de Zoonoses(CCZ) de Salvador, Helena Farias, aponta três fatores para a expansão no número de casos da doença na capital baiana. “Os roedores aproveitam a deficiência no saneamento básico, a falha na coleta do lixo e a falta de educação da população no tratamento de seus dejetos para se proliferar. Se a região é cheia de lixo, os ratos procriam com maior facilidade e contaminam as pessoas”.
A falta de instrução, aliada à pobreza, é apontada pela especialista como fator crucial para a contaminação. “Nos bairros mais pobres, é comum ver pessoas andando com os pés no chão por dentro de esgotos e locais com lixo. Essa condição é ideal para que aconteça o contágio”, completa.
Quando o rato encontra alimento no lixo e água, ele se acostuma com o ambiente. Sua urina entra em contato com os dejetos e coloca a população em risco. Ano passado, o CCZ fez uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz(Fiocruz) para identificar e atuar em zonas de maior índice de infestação. “Agimos em áreas de Plataforma, Paripe, Praia Grande, Ilha Amarela e São João do Cabrito. Com as ações educativas e de desratização, conseguimos reduzir a infestação de 25% para 7%”, explicou Helena Farias.
No EstadoAté 15 de agosto, de acordo dados da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), foram notificados 255 casos de leptospirose em todo o estado. Destes, 145 foram confirmados. Já são 24 óbitos este ano contra 22 no ano passado.
Dados do Ministério da Saúde indicam que, em 2008, a Bahia teve 106 casos confirmados da doença - segundo maior índice da região Nordeste. Pernambuco foi líder com 185 casos. Ainda segundo o ministério, no período de 2005 a 2008 foram notificados no estado 1.259 casos suspeitos de leptospirose e confirmados 791, com 115 óbitos.
Burocracia atrapalha combate A coleta irregular de lixo e a deficiência na rede de esgotamento sanitário contribuem para o aumento da infestação de ratos e consequentemente dos casos de leptospirose, principalmente nos bairros mais afastados do centro da cidade, diz a coordenadora do núcleo de roedores do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Salvador, Helena Farias.
Segundo ela, em alguns casos, a burocracia atrapalha as ações de combate. “A notificação de um caso da doença em determinado bairro indica que a bactéria responsável pelo contágio está em circulação no local. Quando identificamos isso, é necessário delimitar, bloquear e tirar da área o agente causador da doença, na maioria das vezes lixo e esgotos a céu aberto. Esbarramos na necessidade de enviar ofícios para os órgãos e com isso a limpeza não acontece de imediato, o que mantém o risco”, argumenta.
A Limpurb assegurou, através de sua assessoria de comunicação, que nos bairros onde há alto índice de infestação de ratos a coleta é feita diariamente de segunda a sábado. A empresa municipal reconheceu a ausência de caixas coletoras em alguns pontos da cidade, mas informou que vários compartimentos foram retirados para manutenção.
A representante da CCZ explica que o lixo é o hábitat preferido dos roedores, mas lembra que a proximidade de áreas sem esgotamento sanitário estimula a proliferação dos ratos. A Embasa, responsável pelo saneamento básico, informou que Salvador tem um índice de 81,24% de cobertura - o que atende 2,4 dos três milhões de soteropolitanos.
Saiba maisComo evitar a leptospirose?Evite o contato com água ou lama de enchentes. Quando isso for inevitável, permaneça o menor tempo possível em contato com essa água. Se ela invadir o imóvel, é preciso lavar e desinfetar o chão, as paredes e os objetos com água sanitária, na proporção de quatro xícaras de chá do produto para 20 litros de água.
Como acontece a transmissão?Qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama contaminada poderá se infectar. As bactérias penetram pela pele. O constante contato com água ou lama de esgoto, lagoas ou rios contaminados, e terrenos baldios também pode facilitar a transmissão.
BairrosParipe - 8 casos Periperi - 7 casos Plataforma - 5 casos São Marcos - 5 casos Pirajá - 4 casos Centro - 3 casos IAPI - 3 casos Massaranduba - 3 casos Piatã - 2 casos Barris - 2 casos Bonfim - 2 casos Lobato - 2 casosCastelo Branco - 2 casos Coutos - 2 casos Engenho V. da Federação - 2 Matatu - 2 casos Palestina - 2 casos Pau da Lima - 2 casos Ribeira - 2 casos Rio Sena - 2 casos São Cristóvão - 2 casos
(notícia publicada na edição impressa do dia 27/08/2009 do CORREIO
A falta de instrução, aliada à pobreza, é apontada pela especialista como fator crucial para a contaminação. “Nos bairros mais pobres, é comum ver pessoas andando com os pés no chão por dentro de esgotos e locais com lixo. Essa condição é ideal para que aconteça o contágio”, completa.
Quando o rato encontra alimento no lixo e água, ele se acostuma com o ambiente. Sua urina entra em contato com os dejetos e coloca a população em risco. Ano passado, o CCZ fez uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz(Fiocruz) para identificar e atuar em zonas de maior índice de infestação. “Agimos em áreas de Plataforma, Paripe, Praia Grande, Ilha Amarela e São João do Cabrito. Com as ações educativas e de desratização, conseguimos reduzir a infestação de 25% para 7%”, explicou Helena Farias.
No EstadoAté 15 de agosto, de acordo dados da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), foram notificados 255 casos de leptospirose em todo o estado. Destes, 145 foram confirmados. Já são 24 óbitos este ano contra 22 no ano passado.
Dados do Ministério da Saúde indicam que, em 2008, a Bahia teve 106 casos confirmados da doença - segundo maior índice da região Nordeste. Pernambuco foi líder com 185 casos. Ainda segundo o ministério, no período de 2005 a 2008 foram notificados no estado 1.259 casos suspeitos de leptospirose e confirmados 791, com 115 óbitos.
Burocracia atrapalha combate A coleta irregular de lixo e a deficiência na rede de esgotamento sanitário contribuem para o aumento da infestação de ratos e consequentemente dos casos de leptospirose, principalmente nos bairros mais afastados do centro da cidade, diz a coordenadora do núcleo de roedores do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Salvador, Helena Farias.
Segundo ela, em alguns casos, a burocracia atrapalha as ações de combate. “A notificação de um caso da doença em determinado bairro indica que a bactéria responsável pelo contágio está em circulação no local. Quando identificamos isso, é necessário delimitar, bloquear e tirar da área o agente causador da doença, na maioria das vezes lixo e esgotos a céu aberto. Esbarramos na necessidade de enviar ofícios para os órgãos e com isso a limpeza não acontece de imediato, o que mantém o risco”, argumenta.
A Limpurb assegurou, através de sua assessoria de comunicação, que nos bairros onde há alto índice de infestação de ratos a coleta é feita diariamente de segunda a sábado. A empresa municipal reconheceu a ausência de caixas coletoras em alguns pontos da cidade, mas informou que vários compartimentos foram retirados para manutenção.
A representante da CCZ explica que o lixo é o hábitat preferido dos roedores, mas lembra que a proximidade de áreas sem esgotamento sanitário estimula a proliferação dos ratos. A Embasa, responsável pelo saneamento básico, informou que Salvador tem um índice de 81,24% de cobertura - o que atende 2,4 dos três milhões de soteropolitanos.
Saiba maisComo evitar a leptospirose?Evite o contato com água ou lama de enchentes. Quando isso for inevitável, permaneça o menor tempo possível em contato com essa água. Se ela invadir o imóvel, é preciso lavar e desinfetar o chão, as paredes e os objetos com água sanitária, na proporção de quatro xícaras de chá do produto para 20 litros de água.
Como acontece a transmissão?Qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama contaminada poderá se infectar. As bactérias penetram pela pele. O constante contato com água ou lama de esgoto, lagoas ou rios contaminados, e terrenos baldios também pode facilitar a transmissão.
BairrosParipe - 8 casos Periperi - 7 casos Plataforma - 5 casos São Marcos - 5 casos Pirajá - 4 casos Centro - 3 casos IAPI - 3 casos Massaranduba - 3 casos Piatã - 2 casos Barris - 2 casos Bonfim - 2 casos Lobato - 2 casosCastelo Branco - 2 casos Coutos - 2 casos Engenho V. da Federação - 2 Matatu - 2 casos Palestina - 2 casos Pau da Lima - 2 casos Ribeira - 2 casos Rio Sena - 2 casos São Cristóvão - 2 casos
(notícia publicada na edição impressa do dia 27/08/2009 do CORREIO
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