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22 de setembro de 2010

Vergonha para a Bahia: Segundo estado em violência contra a mulher



Denúncias de violência doméstica contra mulher crescem 112% em 2010 segundo dados do governo federal até agosto de 2010. O serviço de denúncia, Ligue 180, criado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, mostra que a quantidade de ligações para o serviço de denúncia, São Paulo apresenta o maior número de registro, seguido por Bahia e Rio de Janeiro. Uma vergonha!



Os relatos de violência somaram 62.301 registros, sendo que 36.059 foram de violência física; 16.071 de violência psicológica; 7.597 de violência moral; 826 de violência patrimonial; e 1.280 de violência sexual. Foram registrados 239 casos de cárcere privado. Infelizmente vemos que os números não correspondem à realidade porque, com certeza, são maiores em razão da não comunicação da violência que ocorre quase sempre.



O balanço mostra também que em 68,1% dos casos a violência contra a mulher é presenciada pelos filhos. Além disso, em 16,2% das situações o filho sofre a violência junto com a mãe. Os atendimentos mostram ainda que 39,6% das mulheres dizem sofrer violência desde o início da relação. Outras 57% afirmaram que são agredidas física ou psicologicamente todos os dias. Em mais da metade dos casos, as mulheres disseram correr risco de morte.



O perfil de quem agride é parecido com o de quem é agredida. A maioria das mulheres que ligou para a central tem entre 25 e 50 anos (67,3%) e nível fundamental de escolaridade (48,3%). Nas queixas, a maioria apontou que os agressores têm entre 20 e 45 anos (73,4%) e também nível fundamental de escolaridade (55,3%).



Hoje o movimento feminista tem como uma de suas principais metas a luta para eliminar esse tipo de violência. O Estado precisa assumir seu papel, criar atendimento adequado às vítimas de violência tanto nos aspectos físicos como psicossociais.



Na base da violência contra as mulheres está um sistema patriarcal e o capitalismo que impõem uma necessidade de controle, apropriação e exploração do corpo, da vida e da sexualidade das mulheres. Junto aos demais setores sociais, todos devemos combater a violência contra a mulher, denunciar sempre os agressores e exigir sua punição pelo Estado.


fonte : http://ameliasantos.zip.net/

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