O representante da prefeitura, Luiz Antonio Pereira, encarregado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente (Sedham) a apresentar o assunto na audiência pública afirmou supor que “todos tinham conhecimento do projeto” e que o seu papel seria de tirar dúvidas das lideranças comunitárias.
Ante os veementes protestos dos presentes, o funcionário da prefeitura admitiu que estava impossibilitado de fazer a apresentação, pois não havia levado para a audiência nenhum mapa ou equipamento que permitisse fazer uma exposição adequada.
“A comunidade não aceita discutir uma coisa da qual não tem conhecimento”, afirmou Antonio Jaques, representante da Associação de Defesa dos Moradores de Itapagipe, sob aplausos dos presentes.
A solução do impasse deu-se mediante a proposta do vereador Gilmar Santiago (PT), presidente da Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente da Câmara, de suspender o evento e marcar uma nova data para a sua realização. Ao presidente da Câmara, Pedro Godinho, Gilmar sugeriu que a nova data deveria ser marcada em conformidade com a agenda do secretário Paulo Damasceno. A nova audiência deverá ser realizada na próxima semana.
“Somos a favor do desenvolvimento da cidade, contudo precisamos ter certeza do que estamos votando para evitar o desenvolvimento predatório, como o impacto que estes novos hotéis trarão para o sombreamento da praia, para a questão da mobilidade urbana e outras questões fundamentais para a melhoria da qualidade de vida dos soteropolitanos”, afirmou Santiago.
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