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8 de março de 2012

Capital baiana tem aumento de 113% nos casos de dengue


Diego Adans
Lúcio Távora / Agência A TARDE
Lixo acumulado, com pneus e vasilhames que guardam água da chuva, serve de criatório para mosquito
Lixo acumulado, com pneus e vasilhames que guardam água da chuva, serve de criatório para mosquito
Balanço da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde informa que houve um aumento de 113% (471 para 1.006) nos casos de dengue registrados em Salvador no período de 1º de janeiro até o último dia 3. Os dados são em relação ao mesmo período do ano passado. Com este resultado, a capital baiana está na oitava colocação dentre os dez municípios que têm mais de 100 mil habitantes e registraram aumento de casos em 2012.
O líder é o Rio de Janeiro, com 8.050 ocorrências notificadas. Segundo José Carlos Vieira, gerente do Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (CCZ), há vários fatores que explicam este cenário. Dentre eles, o aumento do índice de pluviosidade, a greve dos agentes de saúde  e o que ele classifica como “desleixo” da população.
Estudo -  “As famílias não absorvem as instruções que  nossos agentes (1.800) passam. Apesar das campanhas publicitárias, as pessoas não querem ou não têm acesso à informação. Em muitos bairros da periferia, nossos agentes não podem entrar por ordem de traficantes da região. Em outras localidades, a Embasa não fornece água. Aí, as pessoas usam os tonéis para estocar água. É o cenário perfeito para o Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue)”, explica o gerente do CCZ.
O mesmo órgão municipal fez um estudo em 130 mil imóveis de Salvador e apontou que 33 bairros – ou 18,1% do total visitado –  têm alto risco de epidemia de dengue. O líder é Fazenda Coutos com 11,7 % de Índice de Infestação Predial (IIP).
A dona de casa Andrea Carneiro, moradora do  bairro de Marechal Rondon, onde o IIP é de 6,3%  está enfrentando a doença. “Tem 15 dias que estou assim (com dengue), mal consigo me alimentar. Os agentes de saúde sequer  vem aqui ou quando veem registram a visita e mal vistoriam a casa. Não bastasse, aí, do lado de fora (da casa), o Dique (do Cabrito) está completamente sujo”, reclama.
Para sanar o problema,  o gerente do CCZ  informa que já iniciou o mapeamento das áreas de risco. “Dividimos essa regiões pelo IIP. Se estiver acima de 3%, considerado tolerável, iniciamos à intervenção. É o caso de Fazenda Coutos. Desde a semana passada agimos lá”, afirma Vieira.

http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5817885&t=Capital+baiana+tem+aumento+de+113+nos+casos+de+dengue

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