Militante do Partido dos Trabalhadores há mais de 30 anos, a senadora Marina Silva (AC) anunciou nesta quarta-feira (19) que vai deixar a sigla. A senadora, no entanto, não confirmou a sua filiação ao Partido Verde e disse que "a partir de agora começam as conversações" com a nova sigla. A decisão reforça os rumores das últimas semanas de que a senadora trocaria de partido para concorrer à presidência da República em 2010. "Nesse momento, trata-se de dar conhecimento à sociedade brasileira da decisão que é fruto de uma reflexão com companheiros e dirigentes do partido, que significa me desligar do PT depois de 30 anos", disse Marina. A senadora agradeceu aos militantes e colegas do PT que apelaram por sua permanência na sigla. "Mas o fato de sair de casa, não significa que estamos rompendo com as pessoas com as quais convivemos durante tantos anos", afirmou a senadora. Marina disse que saía do PT "em busca do sonho" de lutar pelo desenvolvimento sustentável do meio ambiente. A senadora comunicou a decisão por telefone ao presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), na manhã desta quarta. Ela também entregou uma carta em que justificou a sua saída do PT.
A senadora classificou como um "convite honroso" a proposta do PV para que ela seja candidata à Presidência da República em 2010, mas preferiu não falar da suposta candidatura antes de formalizar a filiação no partido. "Saí do PT para poder ficar livre para negociar com outro partido. Não ficaria bem, negociar com um partido estando em outro", argumentou Marina. Durante os 10 minutos de fala, a senadora citou nomes de senadores, militantes e dirigentes do PT que conversaram com ela. Não citou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Se decidir ser candidata pelo PV, Marina já terá à disposição pelo menos um pretendente a vice de sua chapa. O ex-ministro da Cultura e cantor Gilberto Gil afirmou nesta terça-feira (18) que poderia aceitar uma possível proposta para disputar as eleições de 2010 como vice de Marina.
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